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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Reflexão


A canção de qualquer mãe e pai

Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós.
* * *
Tais as inspiradas e inspiradoras palavras de Lya Luft, em sua crônica intitulada A canção de qualquer mãe.
Quando o mundo elege algumas datas para celebrar o amor de mãe, de pai, de namorados, a escritora prefere escrever a seus filhos, enviando uma mensagem inesquecível de carinho e reconhecimento.
Sim, pois sempre será honra inestimável ser pai, ser mãe. Participar da criação de Deus, mesmo que de forma singela, é razão de júbilo intenso no coração.
Quando se vivencia o amor de pai, o amor de mãe, tudo passa a ser diferente – nós nos transformamos.
Serão tempos diferentes, quando todas as nossas relações forem assim, como a da mãe que diz aos filhos:
Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação.
Sim, serão tempos diferentes esses...
Tempos do amor que independe da presença e do tempo.
Tempos de nova compreensão sobre presença e sobre tempo.
O amor de mãe e de pai está mudando o mundo, pois estes estão mais maduros, mais atentos, mais vivos...
Nada será como antes, quando finalmente compreendermos e vivenciarmos esse amor com toda sua força.
Nada será como antes, quando os pais aprenderem a olhar nos olhos de seu bebê, dizendo:
Não sabemos o que nos uniu nesta nova família, se a afinidade intensa ou o compromisso inadiável perante as Leis maiores, mas não importa: tudo o amor irá superar.
Este será o dia em que escolheremos amar, antes de tudo. O amor precisa ser uma decisão dentro do lar, dentro da vida.
Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços:
Misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência.
A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada Terra.
E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter.

Redação do Momento Espírita

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