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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Números mostram aumento da violência doméstica em 2010


O número de atendimentos no disque-denúncia contra a violência doméstica aumentou 112% entre janeiro e junho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (3) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), órgão da Presidência da República. A “Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180” registrou 343.063 atendimentos em 2010 contra 161.774 em 2009.
Segundo informações da SPM, as denúncias contra os crimes de ameaça e de lesão corporal representam cerca de 70% dos registros de ligações. A maioria das mulheres que ligam têm entre 25 e 50 anos (67,3%) e com nível fundamental de escolaridade (48,3%). Já os agressores têm entre 20 e 45 anos (73,4%) e nível fundamental (55,3%).
De um total de 62.301 relatos de violência, 36.059 correspondem à violência física, 16.071 à violência psicológica, 7.597 à violência moral, 826 à violência patrimonial, e 1.280 à violência sexual. Também há denúncias de situações de tráfico (229) e casos de cárcere privado (239).
Das pessoas que entraram em contato com o serviço, 14,7% disseram que a violência era cometida pelo ex-namorado ou ex-companheiro, 57,9% afirmaram estar casadas ou em união estável e 72,1% delas relataram viver junto com o agressor.
Cerca de 39,6% das denunciantes declararam que sofrem violência desde o início da relação e 57% sofrem violência diariamente. Em 50,3% dos casos, as mulheres dizem correr risco de morte.
O percentual de mulheres que declaram não depender financeiramente do agressor é de 69,7%. Os números mostram ainda que 68,1% dos filhos presenciam a violência e 16,2% deles sofrem violência junto com a mãe. O balanço foi divulgado no mesmo mês em que a Lei Maria da Penha completa quatro anos de existência. Durante este período, o “Ligue 180” registrou 1.266.941 atendimentos. Desses, 30% correspondem a informações sobre a legislação (371.537).

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