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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

A urgência de encarar a luta das mulheres como parte da luta contra o capitalismo.


Há um ano o Brasil passou por um golpe institucional contra o conjunto dos trabalhadores. De lá para cá, um governo golpista e aliado aos grandes capitalistas está à frente do país e implementa uma série de ataques aos direitos conquistados. Reformas e mais reformas são apresentadas como saídas para a profunda crise econômica que atinge o país, crise esta que não está isolada e sim diretamente ligada ao colapso da economia capitalista mundial, que se desenvolve desde 2008 e vem deixando sua marca profunda nas vidas da maior parte da população atingida por cortes de direitos, fim da aposentadoria e o aumento da miséria estrutural.
As saídas encontradas pelo grande capital respondem aos interesses de uma minoria que quer seguir lucrando, apesar da crise. Em todo o mundo, as diferenças sociais só aumentaram nos últimos anos e a concentração de renda nas mãos de poucos atingiu níveis nunca vistos antes, ao ponto em que hoje apenas oito homens possuem a riqueza equivalente a 50% da população mundial, ou seja, de 3,6 bilhões de pessoas[1]. Lucro para poucos e miséria para muitos.
Essa realidade também está posta em nosso país, onde apenas seis bilionários acumulam US$ 78 bilhões, equivalentes à riqueza acumulada pela metade da população brasileira mais pobre, ou seja, mais de 100 milhões de brasileiros[2].
E em se tratando da reflexão sobre a questão de gênero, devemos observar que a cara da riqueza mundial e nacional é a cara do patriarcado. Todos os mega milionários são homens e estão interessados em aumentar a taxa de exploração para seguirem garantindo sua boa vida de regalias e privilégios.
A maior contradição relacionada à concentração de renda está na discrepância entre o acúmulo de riquezas e a vida miserável da maioria. Milhões de pessoas vivem hoje submetidas à escravidão assalariada, à barbárie da fome, guerras, poluição, inundações e secas, desemprego e miséria. Entre os mais miseráveis, 70% são mulheres e meninas, que vivem à margem do sistema capitalista e que serão ainda mais impactadas pelos ajustes e ataques dos governos frente à crise que se aprofunda todos os dias. Podemos dizer que a pobreza e a carestia tem rosto de mulher e contrasta com os direitos conquistados por elas em todo o mundo nos últimos anos.
Desigualdade na vida e a violência patriarcal
Além das desigualdades nas condições de vida, as mulheres em todo o mundo sofrem com a violência machista imposta pela sociedade capitalista, sendo alarmante o dado anual de que entre um milhão e meio e três milhões de mulheres e meninas são vítimas de violência. Apesar dos enormes avanços tecnológicos e científicos em todo o mundo, 500 mil mulheres[3] morrem anualmente fruto de complicações no parto e 500 mulheres morrem todos os dias por consequência de abortos inseguros e clandestinos. A prostituição tornou-se uma indústria de grandes proporções e rentabilidade, o que fortalece as redes de tráfico de mulheres. Entre os 960 milhões de analfabetos, 70% são mulheres[4].
No campo profissional, as mulheres respondem por mais de 40% da força de trabalho, sendo que mais da metade desse total são de trabalhadoras precarizadas. Além, é claro, de sermos nós, mulheres, que carregamos o peso do trabalho doméstico não remunerado, nos enfrentando com a “escravidão do lar” e com a responsabilização total da criação dos filhos.
Em nosso país, essas diferenças se somam às desigualdades entre brancos e negros, sendo que os homens brancos estão no topo do acúmulo de riquezas e as mulheres negras estão na base da pirâmide social, empregadas nos trabalhos mais precários e sujeitas às piores condições de vida.
O Brasil está entre os dez países mais desiguais do mundo e o desequilíbrio é ainda maior se comparado à vida das mulheres. Em nosso país, as mulheres trabalham cerca de 7,5 horas a mais que os homens[5]. 90% das brasileiras estão sujeitas ainda à dupla jornada e cumprem com a função não remunerada do trabalho doméstico[6]. A renda per capita da mulher brasileira é 66,2% inferior à dos homens[7].
Além disso, os índices de violência são bárbaros. Entre 1980 e 2013, 106.093[8]brasileiras foram vítimas de assassinato, sendo que metade destes foram cometidos por companheiros e ex-companheiros. Em uma década o número de violência cresceu muito em geral e afetou particularmente mais da metade das mulheres negras.
Vale destacar ainda que 85% das mulheres brasileiras tem medo de sofrer violência sexual, uma realidade que hoje atinge três de cada cinco mulheres jovens. Uma em cada cinco mulheres de variadas idades, já sofreram algum tipo de violência. O Brasil tem uma  denúncia de violência contra a mulher a cada sete minutos.
Essa situação é legitimada atualmente pelo governo de Michel Temer, abertamente conservador e contrário às demandas democráticas das mulheres. Algumas medidas reforçam a violência de gênero, pois criminaliza a propaganda de métodos abortivos e obriga que as mulheres primeiro comprovem o estupro nas delegacias para depois terem direito ao atendimento médico. Sem contar a tentativa de proibição da discussão de gênero e sexualidade nas escolas com o Projeto de Lei Escola sem Partido.
Os ataques de Temer para a vida das mulheres
A desigualdade profunda em nosso país é fruto do capitalismo, que troca vidas por lucros individuais. Nesse momento atravessamos uma enorme crise e os grandes empresários e políticos querem que sejamos nós a pagar por ela. No Brasil, governado por representantes do capital externo e da alta burguesia, são inúmeras as medidas de ajuste que levarão à maior exploração do conjunto dos trabalhadores e, consequentemente, as mulheres estarão sujeitas ainda mais à miséria.
A terceirização irrestrita, recentemente aprovada no Congresso, permitirá que todas as atividades sejam terceirizadas, não somente as áreas de limpeza ou vigilância, mas todos os serviços, incluindo o chão de fábrica e o trabalho docente.
Em nosso país, um trabalhador terceirizado recebe em média 24% a menos que um trabalhador efetivo[9]. Além disso, os terceirizados não tem direito ao auxílio creche e nem a jornada de 8 horas, trabalhando, em média, três horas a mais que os funcionários efetivos.
A imensa maioria dos trabalhadores precarizados é formada por mulheres. Somos 70%[10] da mão de obra terceirizada do País.
Assim, podemos afirmar que a terceirização tem rosto de mulher, principalmente de mulheres negras. Essa realidade combinada aos cortes na educação e na saúde, impactará brutalmente a vida da mulher trabalhadora, que em sua maioria arca sozinha com as responsabilidades da família.
A Reforma Trabalhista, que isentará as empresas de arcarem com licença maternidade e outros direitos adquiridos pelas mulheres, vem acompanhada da nefasta Reforma da Previdência, que quer estabelecer que trabalhemos “até morrer”.
O projeto original da reforma previdenciária acaba com a diferença de idade entre homens e mulheres para se aposentar, igualando o tempo de contribuição, mesmo com as mulheres trabalhando mais por causa da dupla jornada e começando a trabalhar mais cedo informalmente, fruto do trabalho doméstico, que isenta o Estado da obrigação com o cuidado e manutenção das famílias.
O combate aos ataques sem ilusão nas saídas reformistas 
É preciso combater os ataques atuais, impondo que a crise seja paga pelos grandes capitalistas com seus lucros. Para isso, precisamos nos livrar de qualquer ilusão nas saídas apresentadas pelos reformistas, que por um lado defendem a volta de Lula e por outro propagam que nossas demandas seriam resolvidas através de governos liderados por mulheres.
Nos últimos anos de governo do PT, o trabalho terceirizado aumentou 127%[11], saltando de quatro milhões para 12,7 milhões em 8 anos, o que equivale a dizer que o governo petista triplicou a terceirização referendada agora pelo golpismo. Ao contrário de melhorar a vida das mulheres, com Dilma à frente da presidência, as trabalhadoras seguiram recebendo 30%[12] a menos que os homens e os cortes na educação atingiram R$ 9,2 bilhões, sendo que 37% do orçamento para educação deveria ser destinado às creches e criação e manutenção de escolas.
Dilma em nenhum momento defendeu o direito ao aborto. Hoje em nosso país um milhão de mulheres morrem por ano vítimas de abortos clandestinos; uma mulher morre a cada dois dias.
Além disso, o número de mulheres encarceradas cresceu 567%[13] –  em sua maioria estão as mulheres negras, que vivem em condições precárias, sem condições especiais para sua saúde e cuidado dos filhos pequenos. Além disso, em nenhuma penitenciária brasileira existe creche. Lembramos que três em cada 10 mulheres presas estão detidas sem julgamento ou condenação.
Nos 13 anos de governo do PT, abriu-se espaço para direita que hoje governa o país. Foi o PT que ao assumir a presidência garantiu à Igreja e à bancada religiosa que não legalizaria o aborto. O PT nomeou o religioso Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias e permitiu que impedisse a distribuição do kit anti homofobia nas escolas, aprofundando a realidade de um país ainda mais violento para homossexuais, transgêneros e travestis. As mulheres no governo petista seguiram morrendo pela violência machista.
Por essas questões, alimentar qualquer esperança de que uma mulher significa avanço nas demandas dos movimentos de mulheres é uma grande armadilha. Para termos conquistas precisamos confiar somente nas nossas forças e nos métodos próprios de nossa classe, como as greves, ocupações de fábrica, fechamento de ruas. Unificando mulheres e homens trabalhadores para garantir nossas condições de vida e para construir uma força capaz de questionar a fundo todo o sistema capitalista e suas formas de opressão.
A luta das mulheres deve ser contra o capitalismo
O capitalismo se utiliza das opressões para nos dividir e explorar. Divide nossa classe entre homens e mulheres, brancos e negros, heterossexuais e homossexuais, propagandeando que para termos uma vida melhor devemos competir com nossos irmãos e irmãs de classe. O machismo cumpre essa função nesse sistema. Por isso, para além de lutarmos por melhores condições de vida nessa sociedade, nosso horizonte deve ser por uma sociedade sem classes.
Os últimos anos estão marcados em todo o mundo pela crise capitalista, mas estão ainda mais marcados pelas enormes mobilizações de amplos setores contra a carestia, os ajustes e a luta por uma sociedade mais justa.
As mulheres têm sido protagonistas nesses grandes embates. Na Argentina, Chile, México e Itália tomaram as ruas contra a violência machista e os feminicídios. Na Polônia, Irlanda e Coréia do Sul, milhares saíram às ruas em luta pelo direito ao aborto. Na França e Islândia, as mulheres estão no combate contra as diferenças salariais. Nos Estados Unidos, a resistência contra o machista de marca maior, Donald Trump, é encabeçada por milhares de mulheres. No Brasil também as mulheres protagonizaram nos últimos anos lutas contra a violência, tomaram as ruas e estiveram à frente do que foi chamada de “primavera feminista”.
Esses embates de mulheres mostram a resistência à crise capitalista e aos ataques que os grandes empresários em todo o mundo querem descarregar sobre nós.
Este ano coincide com o centenário da Revolução Russa, onde as mulheres foram linha de frente e estiveram nas primeiras fileiras do processo revolucionário, que se iniciou no 8 de março de 1917, com uma enorme greve das trabalhadoras têxteis de São Petersburgo e que se estendeu às trabalhadoras e trabalhadores de todos os setores, culminando na tomada do poder pelos trabalhadores em outubro.
Retomar essa tradição é fundamental para que nossa luta seja no sentido de derrubar os vestígios dessa sociedade baseada na exploração e opressão de milhões de seres humanos para construirmos, sobre suas ruínas, uma nova sociedade socialista.
Ao passo em que tivemos algumas conquistas, o aumento da pobreza e da força do trabalho precarizado, fruto do trabalho das mulheres, é maior do que em qualquer outra época da história mundial. Se reproduz em escala gigantesca a violência e a opressão de milhões de mulheres em todo o mundo.
As conquistas não são iguais para todas as mulheres e os dados apresentados ao longo desse artigo são claros e desnudam a farsa da igualdade de gênero. A luta das mulheres deve ser um enorme movimento pela emancipação do conjunto dos oprimidos e pelo fim da exploração. A crise que atravessa o mundo hoje e impõe às mulheres o pior dessa sociedade de classes é a prova cabal de que o capitalismo só sobrevive à custa das maiores penúrias impostas à maioria da população. O capitalismo divide, escraviza e humilha e somente lutando contra as normas e a exploração dessa sociedade é que poderemos construir as bases de uma sociedade livre do machismo.
Retomando os ensinamentos das mulheres russas que foram protagonistas da revolução e impulsionaram a luta das mulheres, renovada com a força empregada nos anos recentes, poderemos construir a única saída possível para nossa real emancipação, derrotando a ordem das coisas existente hoje e transformando cada conquista parcial em um passo a mais para a construção de uma nova sociedade. Esse artigo é também um convite para que conheçam o recém lançado Manifesto Internacional do Pão e Rosas, que resgata a tradição da luta das mulheres para a construção de um feminismo socialista que coloque abaixo o capitalismo e abra espaço para uma sociedade livre da exploração e das opressões. Os setores que mais sofrem com a sociedade atual são justamente os mais abnegados na luta pelo novo. Assim, as mulheres, como já provaram ao longo da história, cumprirão o papel de arrastar atrás de si os demais setores oprimidos dando início a construção de uma sociedade socialista.
Fonte: Idéias de Esquerda, revista de Política e Cultura.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Gênero e Mercado de Trabalho

Metade das mulheres não conseguem emprego por serem mães: a falsidade da democracia capitalista

Recente pesquisa aponta que 47% das mulheres dizem terem sido prejudicadas em entrevistas de emprego por conta de serem mães, olhando para as mulheres é possível ver claramente a mentira da “igualdade de direitos” da democracia capitalista, o aborto é crime, a maternidade é inviabilizada enquanto as mulheres são ainda obrigadas a todos os trabalhos domésticos, ganham menos e são prejudicadas no mundo do trabalho.


A entrada da mulher no mercado de trabalho não a isentou de ter que continuar garantindo todos os trabalhos domésticos e o cuidado com os filhos. O capitalismo assimilou o trabalho feminino junto a todo o machismo e opressão, usando dessas ideologias reacionárias para rebaixar os salários e explorar mais os trabalhadores, ao mesmo tempo em que todo o trabalho domestico, e de criação das crianças e cuidado com os idosos, seguiu sendo uma função feminina, isentando o Estado e os empresários de ter que garantir ou pagar por esse serviço.
O trabalho doméstico e os salários mais baixo ainda obriga as mulheres a dependerem dos maridos e as aprisiona no lar, ou na rotina "trabalho/casa", impossibilitando sua liberdade social, politica e afetiva. No mundo do trabalho além dos salários rebaixados, as mulheres ainda passam por assédios, chantagens e desvalorização, 47% das mulheres sentem que foram rejeitadas para algum emprego por serem mães ou quererem engravidar. Para as que já são mãe se soma o assédio quando as mulheres precisam de um tempo para resolver problemas relacionados aos filhos, como questões escolares e médicas, 46% relataram casos como esses, como aponta uma pesquisa feita com 1 mil profissionais pela empresa MindMiners.
O direito a maternidade é negado e condenado, num momento onde a mulher mais precisaria de estabilidade financeira e tempo para se dedicar ao seu filho, a patronal nega esse direito, assedia e demite as mulheres. Além da pressão para que elas não engravidem apontado por 38% das entrevistadas, uma contradição extrema com a moral conservadora que criminaliza o aborto e toda expressão de uma sexualidade livre.
A sexualidade feminina é controlada de diversas formas no capitalismo, a patronal assedia para que as mulheres não engravidem, pois isso prejudica os lucros empresariais ao terem que pagar licença maternidade. Os parlamentares e judiciário, aliados dos empresários, por sua vez são responsáveis pela criminalização do aborto, que não só assassina milhares de mulheres que fazem abortos clandestinos, como é uma pressão moral para reprimir a sexualidade feminina condenando as mulheres que engravidam a não poderem escolher se quer ou não ter o filho, e por consequência a não poderem escolher o próprio destino. A criminalização serve como uma punição e cerceamento da liberdade feminina.
Para as mulheres que escolhem ter filhos não há qualquer garantia para criar a criança, com a saúde e a educação precárias as mães trabalhadoras vivem o drama do assassinato policial que arranca o sonho das suas crianças, como o caso de Maria Eduarda, e tantas outras. Ainda com a reforma trabalhista esse direito a maternidade será mais atacado, chegando ao absurdo de obrigar as mulheres gravidas a trabalharem em locais insalubres.
Fonte: Esquerda Diário.

Reinício......

Boa tarde !

             Após um longo período estamos retomando as postagens no Blog. Foram alguns  anos, alguns trabalhos, alguns problemas, algumas alegrias, frustrações, expectativas, tristezas, mas sempre muita esperança.
             Gostaria de contar com o carinho e o apoio de vocês nesse reinício e que caminhemos  juntos  nessa  nova fase.
                                    Obrigada !Bjus


                                                                      Shirloca.

domingo, 10 de outubro de 2010

Dia das Crianças: qual o melhor passeio para seu filho ?



O Dia das Crianças é dia de festa para a garotada. É nessa hora que os pais se perguntam: qual é o tipo de programa mais indicado para fazer com os filhos? Desde os primeiros meses até a adolescência, é muito importante que os pais consigam passar um tempo com os filhos e se divirtam com isso. Para a psicóloga da família e da criança, Virgínia Maria Martinelli, da PUC do Rio de Janeiro, o que importa não são as atividades ou presentes, e sim a atenção que os pais dão aos filhos. "Por mais que os programas mudem de acordo com a idade, os pais devem deixar claro que o tempo que estão passando com os filhos é uma diversão e não uma obrigação", explica.
"Grande parte dos pais que ficam muito tempo fora de casa enxergam nos feriados, principalmente o Dia das Crianças, a oportunidade de tirar o atraso, e pensam que a atividade com o filho é uma obrigação. Mas eles devem saber que desde os primeiros anos de vida, a criança já percebe quando os pais também estão se divertindo", diz Virginia.
Para a psicóloga Rita Romaro, da Unifesp, antes de escolher os tipos de atividades para os feriados e finais de semana, os pais devem pensar em programas em que eles mesmos também se divirtam. "É muito mais fácil e prazeroso, para os adultos e para a criança, realizar aquelas brincadeiras ou aqueles programas que tanto os pais quanto os filhos se sintam bem fazendo juntos", diz Rita. A seguir, veja sugestões de programas de acordo com a faixa etária das crianças.
Programas de 0 a 4 anos
Nessa idade, o que mais vale é a interação entre os pais e os filhos. Não é preciso sair de casa para que adultos e crianças se divirtam. "A criança nessa faixa etária não precisa de muito para se divertir. Inventar programas mirabolantes pode trazer menos diversão que um dia de brincadeiras em casa", diz Virgínia. Os especialistas apontam atividades simples como banho de mangueira no quintal, montar uma piscina de lona, fazer uma bagunça na cozinha, construir uma pipa ou fazer esculturas de argila como soluções criativas que normalmente agradam as crianças.
Se resolverem sair de casa, os pais devem ter certeza que o programa vai agradar o filho. Sempre que for ao cinema e ao teatro, os adultos devem procurar musicais infantis ou desenhos que não sejam muito longos. Segundo Virgínia, a partir dos três anos nós já conseguimos entender melhor estímulos visuais e auditivos, presentes em apresentações de dança e música. Por isso, levar o filho a um teatro infantil é uma boa saída. Além de divertir os filhos, os pais normalmente aproveitam o espetáculo. Para escolher o que fazer, no entanto, os adultos precisam refletir sobre a rotina da família. Pais que trabalham muito e se sentem pouco presentes, podem optar por um programa em que os laços familiares se fortaleçam. "Às vezes, é mais importante para a criança passar um tempo desenhando, assistindo televisão, brincando com bonecos ou esconde-esconde com os pais do que ir ao teatro. Ela deve entender que os pais também estão se divertindo com as atividades que ela faz na escola ou na creche", explica Virginia.
"Por mais que os programas mudem de acordo com a idade, os pais devem deixar claro que o tempo que estão passando com os filhos é uma diversão e não uma obrigação"
De 4 a 8 anos
Quando a criança fica um pouco mais velha, ela começa a desenvolver gostos próprios e já tem uma personalidade mais bem definida. Essas características devem ser observadas com atenção pelos pais. "Dos quatro aos oito anos, fica muito mais fácil escolher um programa no feriado que agrade aos filhos se os pais conhecem o perfil de cada um de seus pequenos", explica Virginia. Para os mais calmos, programas como ir teatro, ver um filme no cinema e ir ao museu normalmente são mais legais, assim como ir a uma feira de ciência ou a um parque temático. Já para crianças mais agitadas, esses programas podem não ser tão divertidos, e muitas vezes são até cansativos.
Crianças com esse perfil se divertem mais com atividades físicas, como caminhadas e piqueniques em áreas verdes, jogos de tabuleiro, esportes coletivos, visitas a parques temáticos e participações em gincanas com outras crianças. "Ficar muito tempo em uma fila ou esperar o filme acabar pode ser muito chato para uma criança mais agitada. Isso não quer dizer que uma criança mais elétrica não possa gostar de ir ao cinema, ou uma criança mais calma não possa gostar de fazer atividades físicas", diz Virgínia.
De 8 a 12 anos
Pais com filhos entre oito e 12 anos devem começar a pedir mais a opinião das crianças para escolher os programas do feriado e finais de semana. É nessa época da vida que as crianças começam a querer mudar o cotidiano e se tornarem um pouco mais independentes. Com essas mudanças fica ainda mais difícil para os pais saberem quais são as opções para passar mais tempo com os filhos. Os adultos normalmente têm dois tipos de comportamentos quando o filho chega a essa idade: ou tentam continuar fazendo os mesmos programas com os filhos ou procuram planos mirabolantes para conseguir passar mais tempo com a criança. Essas duas tentativas não são indicadas para essa faixa etária.
Fazer sempre o mesmo programa pode se tornar tedioso para a criança, enquanto fazer algo muito diferente pode ser cansativo. "É importante que os pais continuem mostrando interesse em sair com os filhos, mas o melhor a fazer nessa idade é deixar a criança escolher o programa", explica Virginia. Ir ao cinema continua sendo uma boa opção, mas agora quem deve escolher os filmes é a criança. O mesmo vale para o teatro ou na hora de alugar um filme. "Quando a criança vê que tem voz ativa na relação com os pais, ela passa a gostar mais do tempo gasto em família."
12 anos em diante
Segundo Rita Romaro, é mais fácil tratar o Dia das Crianças com um tom de brincadeira ou gozação, e não como uma tradição familiar rígida. "O pré-adolescente não é mais uma criança, e precisa ser conscientizado desse novo papel que ocupa na família. Dar um presente de brincadeira e abordar o assunto de forma mais leve é muito importante", diz Ria. Com mais de 12 anos, os filhos já tem uma capacidade, tanto intelectual como motora, para fazer atividades mais parecidas com as dos adultos. Por isso, fazer caminhadas, assistir a um jogo, ir ao cinema ver um filme mais sério e até jogar vídeo-game são boas alternativas para os pais aproveitaram a comemoração e o feriado com os filhos.
Esses programas também podem ser um meio de conversar mais com os filhos sem que eles se sintam sufocados ou vigiados pelos pais. "Se sair com os pais com frequência já é um costume, os adolescentes não vão achar estranho conversar com os pais sobre assuntos delicados, como escola, namoro e círculo de amigos com os pais nessas saídas. Elas reforçam os vínculos entre pais e filhos", completa Virginia.

UOL.com

Educação dos filhos começa pelo respeito aos Pais e aos Professores

Outro dia estava visitando uma escola que iniciava seu ano letivo. Havia várias crianças bem pequenas em adaptação. Algumas mães choravam, outras pareciam inquietas, outras irritadas. As crianças ora choravam, ora mostravam interesse e curiosidade. Uma situação bastante inquietante. Aos poucos, cada um era levado para sua sala, acompanhado pela professora, "a tia", e os amiguinhos. Porém, a curiosidade, nem sempre, suplantava a insegurança de deixar para trás o aconchego conhecido para desbravar um novo território. No olhar de cada mãe e de cada criança havia um quase "pedido de socorro". As mães pareciam estar fazendo algo imperdoável com seus filhos.O primeiro dia de escola na vida da criança e da sua família é algo a ser celebrado, assim como o engatinhar, o caminhar e tantas outras conquistas. Entretanto, para algumas mães, é um momento de muita ambivalência, principalmente quando os pequenos são bem pequenos, por volta dos dois anos. As mães entendem que ir à escola é uma necessidade não só delas, mas dos seus filhos, porém alimentam a idéia da necessidade de controle sobre o desenvolvimento e o crescimento, e nem sempre se adequam com rapidez às mudanças inerentes ao desenvolvimento do seu filho, inclusive, encarando como um grande privilégio o acesso dos seus filhos a outra parte do processo educativo, agora fora de casa.
"Como dar o melhor aos filhos se você não faz o melhor na relação com o ambiente, com o professor, com a escola e com todos que estão inseridos no dia a dia do processo de educação?"
Voltando à cena anterior, enquanto eu passeava pela escola, observei que duas mães estavam dentro da sala de aula, achei estranho. Enfim, imaginei que para algumas crianças ou, melhor, para algumas mães, a situação havia se complicado mais. Continuei observando. Para minha surpresa, as duas mães, ora "papeavam" entre si, ora uma delas falava ao celular. A professora, muito nova, não sabia o que fazer e as crianças se agitavam. Até que num dado momento, não bastasse o desrespeito de falar ao telefone numa sala de aula, uma das mães começa a interferir nas ações da professora, sugerindo como devia agir com as crianças. Pensei: como é possível qualquer profissional, principalmente em educação, trabalhar de maneira autônoma nessa situação? Como uma mãe se vê com tanta autoridade? Dessa maneira nenhuma criança consegue aderir ao processo educacional escolar. A adaptação se tornará mais difícil e demorada! Para completar, uma das mães reclama da escola e ameaça não voltar. Claro, estou relatando uma exceção, felizmente! De qualquer maneira, isto nos dá a idéia do que assistimos todos os dias: crianças e jovens com uma imensa dificuldade para crescer, assumir as responsabilidades próprias da sua idade, respeitar as hierarquias e seguir numa trajetória em que pai e mãe podem estar ao lado, não a frente, nem atrás. Além disso, fica mais que provado que educação ocorre por meio de atitudes coerentes, "faça o que digo e faça o que faço", por parte daqueles que são os responsáveis pela criança e pelo jovem. A velha e conhecida fórmula: exemplo.
Eleanor Roosevelt dizia: "a melhor maneira de dificultar a vida dos filhos, é facilitá-la para eles." Claro, não estou defendendo a criação de dificuldades desnecessárias, mas por que eliminar aquelas que são parte do crescimento? E, pior: como dar o melhor se você não faz o melhor na relação com o ambiente, com o professor, com a escola e com todos que estão inseridos no dia-a-dia do processo de educação? Os livros de desenvolvimento infantil e as mais variadas teses originadas pelos mais diversos estudiosos do comportamento de crianças comprovam todos os dias, que o amor, a celebração, a verdadeira capacidade de compreender o outro e as atitudes dos pais no dia-a-dia são os principais ingredientes que nutrem o desenvolvimento biopsicossocial saudável, capacitando os seres humanos, em todas as fases da sua vida, a enfrentar seus desafios. Sem dúvida uma das maneiras de aprender é pela imitação. Pais são modelos, sempre!
Talvez por esta e outras razões, as famílias busquem parceiros e orientadores para o processo educacional dos seus filhos. As estantes das livrarias estão cada vez mais abarrotadas de livros sobre educação infantil. Entretanto há algo que não se pode ensinar por meio da teoria: a atitude de respeito para com o mundo que cerca cada família. Os exemplos que trouxe são rápidas ilustrações do que chamo de atitude de respeito por aqueles que são fundamentais na educação das crianças: professores. Quando os adultos que cuidam das crianças não conseguem exercitar o respeito no seu dia-a-dia, dificilmente, poderá se esperar delas atitudes de respeito em relação aos adultos.
UOL.com

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O Amor Próprio é tudo.


Valor pessoal

Em uma antiga cidade da Pérsia, existia uma Academia onde se reuniam os sábios da época. Chamava-se Academia Silenciosa, porque os seus membros deveriam se manter calados quanto possível, em meditação, resolvendo os problemas que lhes eram apresentados.
Certo dia, em que todos estavam reunidos, apresentou-se um eminente pensador. Chamava-se Doutor Zeb e foi ali propor a sua candidatura a um lugar entre aqueles sábios.
O Presidente da Academia o atendeu em silêncio. Depois , diante dos diversos acadêmicos, escreveu o número mil no quadro de giz, colocando um zero à sua esquerda, fazendo-o entender que este era o seu significado para os presentes.
Doutor Zeb, sem se incomodar, apagou o zero e o transferiu para o lado direito do número, tornando-o dez vezes maior.
Surpreendido, o sábio tomou de uma taça de cristal e encheu-a com água, de tal forma que, se uma única gota fosse acrescentada, a água transbordaria.
O candidato, sem se perturbar, tirou uma pétala de bela rosa que adornava o recinto e a colocou sobre a água da taça, que se manteve sem nenhuma perturbação.
Diante da excelente resposta, Dr. Zeb foi então admitido como membro daquele colégio de sábios.
* * *
Por vezes, na vida, nos sentimos qual o zero à esquerda. Acreditamos que não valemos nada, que nada de produtivo para o mundo podemos oferecer, que não fazemos falta.
É um sentimento de menos valia. Em tais dias, é importante nos lembrarmos da sabedoria do Dr. Zeb. Sempre temos algo a acrescentar de bom, útil ou belo para a vida.
Podemos ser a dona de casa, às voltas com as mil tarefas domésticas, que se detém no jardim e planta uma flor. Flor que desabrochará em colorido e perfume, embelezando o dia.
Podemos escrever um bilhete a um amigo distante, telefonar a um companheiro que está na solidão. Todos podemos dar algo de nós.
Ler uma página reconfortante ao idoso, cujos olhos se apagaram no escoar dos anos. Levar a passeio uma criança para que ela se encontre com o calor do sol, salte alegre na grama, encha de terra e pedrinhas as mãos miúdas.
Podemos confeccionar um agasalho para aquecer um pequerrucho. Costurar uma peça de enxoval para quem vai renascer. Sorrir, cantar.
Quantos talentos possuímos que esquecemos de utilizar, de valorizar?
Cada criatura, na face da Terra, é única, e valiosa.
Ninguém substitui integralmente o outro, porque cada ser é especialmente dotado com timbre de voz inigualável, personalidade própria.
Pensemos em como no mundo podemos ser a pétala de rosa, que embeleza a taça cheia d'água, acrescentando ainda o delicado perfume da presença.
* * *
Todos possuímos recursos inimagináveis que estão em germe em nossa alma, aguardando os nossos estímulos.
Possuímos o Cristo interno, poderoso, que é nosso.
Permitamos que Ele aja através de nós. Com Ele, teremos decisão para deixarmos os pensamentos doentios que se transformam em tormentos.
Saiamos pelas ruas, semelhantes ao sol da primavera que espanca o inverno e anuncia que logo mais haverá explosão de flores e perfumes no ar.

Redação do Momento Espírita,

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Arte da Intuição

Não que seja questão de desistir de tudo, não correr mais riscos, não experimentar nada e se fechar totalmente para novas oportunidades. A questão é outra! Hoje o tema está ligado à paz de espírito, ao dar ouvidos ao coração, ao saber usar e abusar da intuição.
No dia a dia, usamos o nosso radar para nos trazer o que é bom ou ligamos o piloto automático e repetimos nossas escolhas insensatas e nosso comportamento circular à espera de que vamos conseguir um resultado diferente do usual?
Por que não paramos, olhamos para dentro e então escolhemos o caminho a seguir? Por que, por vezes, é tão difícil nos ouvir? Sabe aquela voz interna que fica gritando quando vamos entrar numa fria? Pois é, isso significa INTUIR. É a partir daqui que podemos mudar de patamar, escolher agir diferente, experimentar o novo, dizer NÃO.
Então, quando ouvir o sinal de alerta para algo do tipo PROBLEMA, dê a devida atenção! Esse sinal é o tão conhecido SEXTO SENTIDO. Ele vem do que já conhecemos. Vem do nosso inconsciente, das nossas experiências passadas, do aprendido.
E, então, se essa é uma força nossa, uma força poderosa a nos guiar por que ignorá-la? De novo, porque insistir em fazer do nosso “jeitão” sem pedir ajuda interna ou externa?
O que acontece conosco que nos impede de viver nossos sonhos, experimentar o amor, a paz? Bem, poderia falar aqui de crenças, de percepção, de baixa estima, de síndrome de Peter Pan ou de Mulher Maravilha, de marcas, medos etc, etc… Mas o que quero explorar é a questão do autoconhecimento.
Trabalhar o autoconhecimento contribui para nosso crescimento. Permite-nos descobrir como ocupar acertadamente o nosso lugar nesse plano. Isto é, contribui para construir quem somos! Parece bobagem? Saiba que não é!
Cegueira: Conheço inúmeras pessoas que aos 20, aos 30, aos 40, aos 50 ainda não descobriram sua missão, seu dom, nem sequer conhecem seus erros mais freqüentes, seu padrão de comportamento. Muitas vão passar uma vida ou mais para encontrar-se.
Perdem muito tempo com coisas que não lhe dizem respeito. E, como não conseguem se ver, não enxergam também o outro. Intuição, nesse caso? Zero.
Humildade: Essas pessoas não fazem parte de grupos de trabalhos, não se doam, passam uma vida a chorar com as chaves escorrendo-lhes pelos dedos, sem nunca entender que a porta SEMPRE ESTEVE ABERTA. Tudo sempre esteve lá para cada um deles e, infelizmente, faltou visão!
Juram não mais repetir e repetir seus erros. Juram não se esquecer e, na primeira oportunidade estão lá, fazendo tudo exatamente como sempre fizeram… Não usam de humildade para pedir ajuda, não usam de humildade para dizer: “Não sei mudar sozinho”. Continuam em uma vida de ignorância e sofrimento…
Não é mesmo fácil mudar, mas é possível se compreendermos que, para qualquer mudança, é preciso saber onde estamos e para onde precisamos seguir, onde queremos estar…
Como no início do texto, temos o poder de saber de antemão o que faz bem e o que faz mal. Sabemos, mas nem sempre conseguimos acessar… E, quando não dá mais, mudamos. Só que com um grau de dificuldade maior.
O proibido tem um sabor que atrai, nos faz, nas devidas proporções, obcecados… E, então, dominar nossos pensamentos loucos, nossos sentimentos equivocados é a única saída para abrir espaço e ouvir com o coração.
Nossa necessidade “urgente”, seja por um relacionamento doente ou saudável, por uma relação complicada ou por qualquer outra coisa, é química. Nosso organismo nos pede, ou melhor, manda que façamos isso ou aquilo com uma voracidade que atendemos sem negociar…
Por isso, aprender a ouvir o que vai dentro e deixar de lado a ilusão, os medos, nos permite cultivar a paz, o amor, a saúde, o doar-se e o receber. No mais, tudo a seu tempo se tornará possível se compreendermos que toda a base está atrelada à disciplina! Escolhas, sempre escolhas.
Yahoo.com.br

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cultura do "ficar" exclui quem busca um romance.

"Pela visão da Terapia Comportamental Cognitiva, o ficar está na contramão do que todos os indivíduos efetivamente desejam, que é encontrar alguém com quem se possa estabelecer um vínculo compromissado e envolvido por afeto e sentimentos profundos, um romance verdadeiro"
O ‘ficar’ é hoje uma forma muito comum de se relacionar.
No início o ficar era exclusivo dos grandes centros urbanos e restrito aos adolescentes. Hoje é cada vez mais propagado em todo o país nas diversas faixas etárias, inclusive na idade mais madura.Antes o ficar era vivido como uma forma de se ter maior intimidade com a outra pessoa e assim poder conhecê-la melhor e aprofundar ou não o relacionamento; ou como um primeiro contato demonstrando já um interesse ou uma atração que poderia evoluir para algo mais envolvente. Porém hoje nos deparamos com um ficar cada vez mais adverso, em que as pessoas o usam como atendimento a vaidades pessoais, competição entre amigos, satisfação de interesses e desejos individuais, o não envolvimento e o descompromisso. Enfim uma gama de variados interesses próprios que são mais importantes do que a relação, em que o outro deixou de ser a fonte motivadora do ficar.Hoje ‘fica-se’ apenas para colecionar beijos, ou para atender as cobranças do grupo de amigos (as), para que o outro seja mais um número da noite, ou quando muito para satisfazer uma necessidade de seduzir o outro, de preencher um vazio que se esteja sentindo, de se satisfazer um desejo sexual. Enfim em situações que independem da outra pessoa ou que não levam em conta os interesses ou o desejo do outro.Pela visão da Terapia Comportamental Cognitiva, o ficar está na contramão do que todos os indivíduos efetivamente desejam, que é encontrar alguém com quem se possa estabelecer um vínculo compromissado e envolvido por afeto e sentimentos profundos, um romance verdadeiro.As pessoas buscam, buscam e não encontram, não porque não desejam, mas sim porque o meio não favorece ou não estimula esse tipo de relacionamento. O indivíduo se sente excluído ou diferente de todos, tornando-se frio e descrente da possibilidade de viver um relacionamento a dois.
UOL.com

domingo, 19 de setembro de 2010

Somos frutos das nossas escolhas


Seguir em frente

Em uma conhecida passagem evangélica, Jesus afirma:
Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me.
O Cristo é a figura mais notável da História.
Ao contrário de todos os demais homens, Ele não possui vícios e fraquezas.
Pleno de grandeza e compaixão, constitui o modelo ideal fornecido por Deus aos homens.
Nessas palavras de Jesus, pode-se vislumbrar todo um roteiro de evolução.
O que primeiro se identifica é o respeito à liberdade.
Trata-se de um convite, não de uma imposição.
Aquele que quiser ir após Ele deve prestar atenção em Suas palavras.
O jugo do Messias é suave e a rota que Ele sinaliza é luminosa.
Mas a criatura pode se decidir por caminhos tortuosos e obscuros, cheios de dor e desencanto.
Como a evolução é um desígnio Divino, todos se aperfeiçoarão.
Mas cada qual é livre para gerenciar o seu processo evolutivo, apressá-lo ou retardá-lo.
Havendo vontade de seguir em frente, surgem outras duas exortações.
Uma se refere ao ato de tomar a própria cruz.
Todo ser é como se construiu ao longo dos séculos.
Sua felicidade e sua desgraça constituem a herança que preparou para si mesmo.
Não adianta buscar culpados para as próprias mazelas.
A razão dos problemas enfrentados não reside no governo, no cônjuge, no vizinho, nos filhos, nos pais ou no patrão.
O Espírito é artífice de seu destino.
De acordo com seus atos, pensamentos e sentimentos, forja suas experiências e necessidades.
Como os outros não são culpados, não adianta tentar transferir o peso da cruz que se carrega.
A rebeldia e a revolta não resolvem nenhum problema.
É preciso coragem e decisão para assumir a responsabilidade pela vida que se leva, pelos próprios problemas e dificuldades.
Sem reclamações ou desculpas, é necessário tomar a cruz aos ombros e seguir adiante, com firmeza e dignidade.
Por difícil que se apresente, o dever precisa ser cumprido.
O derradeiro conselho é renunciar a si próprio.
Esse evidencia que o egoísmo é incompatível com a sublimação espiritual.
Quem deseja se libertar de injunções dolorosas tem de exercitar a abnegação.
Aprender a servir, a calar e a compreender, sem qualquer expectativa de retorno.
Trata-se do esquecimento dos próprios interesses no cuidado do semelhante.
Quem se esquece de si mesmo no afã de ajudar o outro ultrapassa o limite de seus deveres.
Não mede perdas e ganhos e se entrega à atividade do bem, pela simples alegria de ser útil.
Talvez o programa de trabalho pareça difícil, em um mundo marcado pelo egoísmo.
Mas representa a rota de acesso à paz e à plenitude.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita

sábado, 18 de setembro de 2010

MUlher iraniana condenada ao apedrejamento


A primeira pedra

Reflitamos sobre este costume humano de apontar faltas, defeitos, problemas, no outro.
Julgamos sempre.
Na maioria das vezes, ainda, com uma severidade desproporcional – dessa que não desejaríamos para conosco de forma alguma.
Somos demasiadamente cruéis em nossos julgares, pois raramente analisamos a situação com cuidado. Raramente consideramos atenuantes e quase nunca somos imparciais.
Recordamos os acusadores da mulher adúltera, na conhecida passagem evangélica.
O julgamento foi sumário. A lei humana, na pobreza de achar que a punição pela morte seria a solução, condenou aquela mulher ao apedrejamento em praça pública.
Assim, achamo-nos no direito de apedrejar.
Enchemo-nos de razão e raiva, carregamos as mãos das melhores pedras, e apontamos para o criminoso.
Mas, quem de nós não está criminoso? – Poderíamos inquirir, inspirados pela pergunta feita por Jesus naquela feita.
Dizemos não está ao invés de não é, pelo simples fato de que ninguém está fadado ao mal, ninguém foi feito criminoso. É um estado temporário no erro.
Quem de nós não está criminoso?
Esta proposta – que é de Jesus - não isenta a pessoa de assumir a responsabilidade sobre seus atos.
Ela apenas ajuda a controlar nossa crueldade, num primeiro momento, e depois, auxilia no reconhecimento de nossas próprias falhas.
A lição do Atire a primeira pedra aquele que não se encontra em pecado é um exercício de tolerância e de autoconhecimento também.
Evita-se a condenação cruel, intolerante, e, logo após, se promove uma reflexão íntima, buscando cada um as suas próprias dificuldades a vencer.
Todos estamos inseridos neste processo de erros e acertos. Todos fazemos parte dos mecanismos da Lei de Progresso que nos impulsiona para frente.
Perdoar, compreender os erros alheios, não é promover a impunidade – de maneira nenhuma. A Lei Divina sempre irá cobrar Seus devedores.
Tolerar significa estender as mãos de amor a quem precisa de amparo, de orientação.
* * *
Quando nos detemos nos defeitos e faltas dos outros, o espelho de nossa mente reflete-os, de imediato, como que absorvendo as imagens deprimentes de que se constituem.
Põe-se nossa imaginação a digerir essa espécie de alimento, que mais tarde se incorpora aos tecidos sutis de nossa alma.
Com o decurso do tempo nossa alma não raro passa a exprimir, pelo seu veículo de manifestação, o que assimilara, fazendo-o, seja pelo corpo carnal, entre os homens, seja pelo corpo espiritual de que nos servimos, depois da morte.
É por essa razão que geralmente os censores do procedimento alheio acabam praticando as mesmas ações que condenam no próximo.
Interessados em descer às minúcias do mal, absorvem-lhe inconscientemente as emanações, surpreendendo-se, um dia, dominados pelas forças que o representam.
Estejamos, assim procurando incessantemente o bem, ajudando, aprendendo, servindo, desculpando e amando, porque, nessa atitude, refletiremos os cultivadores da luz...

Redação do Momento Espírita